
Dentre os tipos descritos de dor (sem considerar ainda as suas subcategorias) está a Dor Neuropatica. Lembrando, que há a dor Nociceptiva, dor neuropatica e dor nociplástica. Todos esses tipos de dor reconhecidos, possuem características que se diferem
Dor neuropática, pela IASP, desde de 2011 é conceituada como: “uma dor decorrente de uma lesão ou doença que acomete o sistema somatossensitivo”. Em miúdos: que acomete o Sistema nervoso periférico ou Sistema Nervoso Central.
Esse tipo de dor, pode vir junto com alguns fenômenos como perdas sensitivas, dificuldade de movimento, perdas cognitivas, parestesias (formigamentos), vibrações musculares, etc.
Algumas doenças conhecidas podem trazer as dores neuropaticas, como:
- doenças metabólicas: diabetes, alcoolismo, hipotireoidismo;
- Síndromes Centrais: AVC, lesão medular traumática, mielites, esclerose múltipla, tumores;
- Síndromes Místas: dor lombar crônica com radiculopatia, câncer maligno com invasão de plexo.
- Neuropatias perféricas: neuromas, lesão parcial ou completa de nervo, Herpes zoster, neuralgia do trigêmeo ou glossofaríngeo.
Essas são algumas das doenças que podem evoluir para a presença de dores neuropaticas, trazendo uma qualidade de vida bem ruim para quem se apresenta com esse tipo de dor. Inclusiva, há relatos que sugerem que essa dor é “Pior que a morte”. Inclusive há casos de pessoas procurando meios extremos para acabar com o sofrimento. Veja o caso da Carol, que sofre com a Neuralgia do Trigêmeo https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/07/05/dores-como-choques-e-facadas-o-que-e-a-neuralgia-do-trigemeo-doenca-de-jovem-que-busca-a-eutanasia.ghtml
O tratamento da dor neuropática exige uma abordagem multidisciplinar, combinando intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Medicamentos como antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina, anticonvulsivantes, anestésicos locais e, em casos específicos, opioides, são comumente utilizados.
Terapias não farmacológicas, como fisioterapia, estimulação elétrica transcutânea (TENS), neuromodulação e abordagens psicossociais, como terapia cognitivo-comportamental, também desempenham um papel crucial no manejo da dor neuropática. Além disso, a educação do paciente e o suporte emocional são fundamentais, já que os impactos psicológicos, como depressão e ansiedade, frequentemente acompanham essa condição.